quinta-feira, 28 de maio de 2009

vã tentativa

De longe, o via perdido, errando caminhos desde aquele dia, desde sempre.
Pensou que naquele dia podeira faze-lo encontrar uma reta certa a seguir reta pela estrada a fora.
Não. Não era ainda ali que se encontrariam e que o poderia conduzir pela mão.
Deixou que fosse, então perdido, fazendo curvas em um labirinto que não tinha final demarcado.
Mas continuava a observá-lo, de longe e de cima, de quando em vez.
Era sempre o mesmo, mesmos passos bebados e circulos confusos, no labirinto lá embaixo.
Doía de ver, mas como o via do alto, era inútil gritar conselhos, ele jamais ouviria.
Passou tempo e mundo deu volta.
Continuava lá, dando voltas no escuro sem saber onde pisar.
Pareceu-lhe mais norteado, mas foi só impressão.
E lá vai ele se enfronhar em mais um caminho que não chegará a lugar nenhum.
E ela do alto, assistindo a tudo sem nada falar.
E ela sempre esteve lá, podendo ajudar, querendo ajudar.
Mas caminho se acha sozinho.
E perder é condição para achar.

Um comentário:

  1. caminho se encontra sozinho, embora o contato com o outro, a experiência do outro pode servir e muito para iluminar a caminhada.
    beijo

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