Foi quando, com frio, procurei um casaco e achei perdido, por aqui, o seu casaco azul e branco.
Vesti-o, não por ser seu. Mas por ser o mais surrado e o que tivessse mais cara de casaco para ficar em casa.
E foi assim que te encontrei também perdido, mas não por aqui.
Faz tanto tempo que nem eu mais lembrava...
Lebranças antigas, há muito esquecidas em fundo de gaveta, como o casaco seu.
Lembrei lembranças e casaco.
Deu vontade de falar "oi, tudo bem?"
Mas tá tudo bem...
Por aqui e por aí também...
E vontade dá e passa...
E nós...
Faz tanto tempo...
Já passou.
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E o narrador, assim, tentando se convencer que está tudo bem... divagando sempre... e deixando os três pontinhos na maioria das vezes... com a certeza mesmo de que já passou, com ponto final. Porque quanto a isso não podemos fazer nada mesmo... o tempo impõe, já foi. A não ser quem sabe que queiramos ser teimosos e insistir no tempo que já está lá atrás, e liguemos pra matar a vontade de perguntar se está mesmo tudo bem por lá.
ResponderExcluirLacônico.
Beijos Carol, amei o texto.
to cansada de frio e de casacos, agora quero ler sobre sol e calor...e praia...e...e...atualiza...to carente de post novo!! bjs
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